Por: De Paula
Nos séculos VXIII e IX, navegar pelos rios revoltos, indo em direção as minas de Cuiabá ou retornando ao povoado de São Paulo era necessário ter profundo conhecimento de navegação, sabendo desvencilhar-se de pedras, corredeiras, cachoeiras, bancos de areia e outros obstáculos. A inexperiência dos pilotos poderia comprometer não só o sucesso da viagem, como também ocasionar a morte de tripulantes e passageiros.
Ter um bom e habilidoso guia era a chave para uma viagem bem sucedida sendo a experiência do piloto, recurso fundamental para expedição.
“A canoa capitânea era onde embarcava o guia da monção “um homem dos mais práticos e inteligentes do sertão ao qual todos os mais pilotos obedeciam” (Relatos Monçoeiros – Afonso E. Taunay, p. 49)..
Cabia ao guia da monção estar sempre a frente da expedição, determinando as horas de saída, parada, pouso e alimentação. Nas cachoeiras e nos varadouros, determinava quais as cargas deveriam ser retiradas das canoas, estando sempre a ordenar os trabalhos.
Ainda hoje, nos tempos atuais, para navegar pelo rio Coxim é necessário ter bons piloteiros e um guia experiente. Ter um guia hábil e experiente é a chave do sucesso de qualquer expedição.
“Projeto Resgate, Promoção e Valorização do Patrimônio Cultural Sul-Mato-Grossense através da temática histórica da Rota das Monções no Rio-Cênico Rotas Monçoeiras e seu entorno, sendo realizado pela OSC Espaço Manancial, em parceria com o Estado de Mato Grosso do Sul, por intermédio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar – SEMAGRO, e do Fundo Estadual de Defesa e de Reparação de Interesses Difusos Lesados – FUNLES, por meio do Edital de Chamamento Público SEMAGRO/FUNLES nº 001/2021.”
Rota das Monções – “Se o Brasil nasceu na Bahia, o Brasil cresceu por aqui”.
Foto: De Paula/Salt Media – Mestre “Manezinho” (Manoel Antônio), guia prático das expedições e incursões monçoeiras na atualidade, conduzindo as embarcações pelo rio Jauru e Coxim.